quinta-feira, 24 de julho de 2014

CLARICE-EPISÓDIO 2

CLARICE - Episódio 2

Era o inicio da Decada de 20 na cidade de Tchetchelnik (Ucrânia),
quando nasce Clarice Lispector; terceira filha de Pinkouss e Mania
Lispector tendo recebido o nome Haia Lispector. Seu nascimento ocorreu
durande a viagem de emigração da familia em direção à América. Voce
deve estar se questionando : Como Clarice também poderia se chamar
Haia? Irei explicar!
Em 1922, Pinkouss consegue em Bucareste, um passaporte para toda a
familia no consulado da Rússia. Era fevereiro quando foram pra
Alemanha e, no porto de Hamburgo, embarcam no navio "Cuyaba" com
destino ao Brasil. A viagem durou em torno de duas semanas. Em Março,
chegam a Maceió, sendo recebidos por Zaina, irmã de Mania, e seu
marido José Rabin, que viabilizara a entrada da biografada e de sua
familia no Brasil mediante uma "Carta de Chamada". Por iniciativa de
Pinkouss, todos, com a exceção de Tania (uma das irmãs de Clarice),
mudam de nome. O pai, Pinkouss, passa a se chamar Pedro; A mãe, Mania,
passa a se chamar Marieta; a irmã, Leia, passa a se chamar Elisa; e
finalmente Haia, passa a se chamar Clarice.

Em 1925, a familia muda-se para Recife (Pernanbuco), onde Pedro
pretende construir uma nova vida. Infelizmente, uma doença que se
abatera sobre Marieta, acabou a reduzindo a uma cadeira de rodas. Ela
havia ficado paralitica. A partir dai, Elisa passa a assumir as
responsabilidades da casa, se dedicando a cuidar de seus irmãos e
também de sua mãe.
No dia, 21 de Setembro de 1930, morre a mãe de Clarice Lispector.
Nessa época, com nove anos, matricula-se no Collegio
Hebreo-Idisch-Brasileiro, onde termina o terceiro ano primário. Uma
ida ao teatro a inspira, e ela escreve "Pobre Menina Rica", peça em
tres atos, cujos roteiros originais foram perdidos. No ano seguinte, o
lado escritora da pequena Clarice Lispector, começou a ser lapidado.
Ela, agora com dez anos, ja escrevia historinhas, todas recusadas pelo
"Diario de Pernanbuco", que àquela época dedicava uma página às
composições infantis. Isso se devia ao fato de que, ao contrario das
outras crianças, as histórias de Clarice não tinham enredos e fatos,
apenas sensações.
Mas Clarice não desistiu facilmente.

Se Voce quer continuar acompanhando um pouco mais dessa inquietante
história, não perca o proximo episódio, onde relatarei o inicio da
carreira de Clarice como escritora!

Até Breve!

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