quinta-feira, 20 de março de 2014

CRIATURAS SOMBRIAS-CAPITULO 9

AUTOR-Jaime Lucas

Patrick toca a campainha da casa de Mary. Ela escuta a campainha tocar e desce as escadas correndo para atender a porta.
- Oi. – diz Patrick.
- Oi. Entra logo! Preciso saber o que você tem pra dizer sobre o meu pai!
- Calma!
Patrick entra na casa e Mary o manda sentar no sofá da sala. Patrick senta. Ela senta ao lado dele. Patrick pega a mão de Mary. Ela sente que a mão dele é muito fria e a solta.
- Sua mão está fria. – diz Mary.
- Eu sou assim. Não sou como os humanos. – explica Patrick.
- Como assim? – pergunta Mary.
- Vou te contar tudo desde o início. Vampiros existem. – diz Patrick.
Mary solta uma gargalhada.
- Vampiros existem? Vou fingir que acredito. Continua.
- Mary, o que eu vou te falar é sério. – diz Patrick.
- Tá bem. Continua. – diz Mary, mesmo ainda achando que vampiros não existem.
- Mary, há muito tempo atrás, uma bruxa muito poderosa resolveu formar uma família diferente de qualquer outra. Ela criou as Criaturas Sombrias, que se resumem em: vampiros e lobos. Mas há uma segunda geração de Criaturas Sombrias. Que foi criada por ela mesma. Mas, desta vez, ela decidiu fazer mudanças em humanos, criando controladores (de mente), videntes, metamorfos e leitores (de mente). Não sei se existe mais alguma Criatura Sombria, mas as que conheço são essas. Bom, vou ir ao assunto de seu pai. Ele foi morto na estrada Wikery. Ele foi morto por um vampiro.
Mary começa a chorar.
- Como você sabe disso? – pergunta Mary.
- Porque fui eu que salvei sua mãe. Depois desse vampiro matar seu pai, eu cheguei na estrada e ele estava indo em direção ao carro de seus pais para matar sua mãe e eu o impedi. – conta Patrick.
- Por que minha mãe não me contou isso? – pergunta Mary.
- Porque não estava só o vampiro. Tinha um controlador de mente junto com ele. – responde Patrick.
- Você sabe quem é esse vampiro? – pergunta Mary.
- Sei. Mas você vai ficar muito triste. – responde Patrick.
- Fala.
- Eu falo se você me prometer que não vai contar isso a ninguém. – impõe Patrick.
- Está bem.
- O vampiro que matou o seu pai, é um grande amigo seu.
- Fala.
- Foi o Daniel. - responde Patrick.
- Daniel?
Mary dá gargalhadas.
- Em primeiro lugar: para mim acreditar nisso tu tem que me provar que vampiros existem. - diz Mary.
- Está bem.
Patrick mostra os dentes para Mary. Em segundos, seus dentes caninos aumentam.
- Agora você acredita? - pergunta Patrick.
- Eu tenho que pensar um pouco.
- Mary, Daniel é meu irmão e eu o conheço muito bem. Se ele descobrir que eu te falei isso, ele vai querer matar você e sua família. Então, me promete que não vai falar nada a ele. Eu não quero que nada de ruim aconteça com você. - diz Patrick.
Mary fica quieta.
- Eu também não vou te privar de contar sobre as Criaturas Sombrias para ninguém. Mas, eu agradeço se você não contar sobre nós a ninguém. - completa Patrick.
Mary continua quieta.
- Vou embora. Tchau.
Patrick vira as costas para Mary, abre a porta do quarto, desce as escadas e vai embora.
Mary chora e pensa: "Como o Daniel pôde? Mata meu pai e depois vem me conquistar. Eu vou matar esse desgraçado."

ENQUANTO ISSO...

Bonnie pega seu carro e vai à casa de Mary.
Bonnie sai do carro, se dirige à porta da casa dela e toca a campainha. Rebecca abre a porta.
- Oi.
- Oi.
- Mary está? - pergunta Bonnie.
- Deve estar no quarto dela. Quer que eu chame? - pergunta Rebecca.
- Sim.
- Qual seu nome? - pergunta Rebecca.
- Bonnie. - responde Bonnie.
Rebecca sobe a escada e bate na porta do quarto de Mary. Rebecca abre a porta.
- Mary.
- O que foi?
- Bonnie está lá embaixo te esperando.
- Que ótimo. Preciso falar com ela.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não. Não. Está tudo bem.
Mary enxuga as lágrimas.
Rebecca desce a escada e avisa Bonnie que Mary já vai descer.
Mary desce a escada correndo e dá um abraço em Bonnie.
- Tenho que te contar uma coisa. - diz Bonnie.
- Eu também. Mas, fala você primeiro.
Bonnie baixa o tom de voz.
- Eu sou uma bruxa. - diz Bonnie.
Mary pensa: "Ah! Não. Já não bastou ter descoberto que por culpa de uma bruxa desgraçada, que criou vampiros, meu pai morreu? Agora tenho uma amiga bruxa!". Bonnie pega uma vela que estava em cima da mesa e imagina ela acesa. Em segundos, a vela acende.
- Isso não é impressionante?! - exclama Bonnie.
- Nossa, é incrível!
- Agora, me fala a novidade. - diz Bonnie.
Rebecca fica do outro lado da parede, escutando tudo que elas falam.
- Meu pai foi morto por um vampiro. - diz Mary.
- Enlouqueceu Mary?
- Bonnie, eu estou falando sério. Sabe o Daniel?
- Sei. - responde Bonnie.
- Ele é um vampiro. Foi ele que matou meu pai. - diz Mary.
- Eu só acredito nisso porque quem está me contando é você e, aliás, se existem bruxas, vampiros também podem existir. - comenta Bonnie.
Rebecca fica surpresa por um vampiro ter matado Julius.

À TARDE, NA ESCOLA...

Mary vai para a piscina da escola. Ela entra na água. Mary sente que tem alguém atrás dela. Mary se vira e vê Daniel.
- Ah, que susto, garoto! - grita Mary.
- Desculpa. Não fiz por querer. - desculpa-se Daniel.
Daniel se aproxima de Mary para beijá-la. Ela vira o rosto.
- O que houve? - pergunta Daniel.
- Daniel, a gente precisa conversar. - diz Mary.
- Sobre o quê, meu Raio de Luz? - pergunta Daniel.
- Eu já sei o que você é. - diz Mary.
- Como assim? - pergunta Daniel.
- Você é uma Criatura Sombria. - fala Mary.
- O que é uma Criatura Sombria? - pergunta Daniel.
- Para de se fazer de bobo. Você é um vampiro. - grita Mary.
- Você tem a sorte que não tem ninguém aqui e que eu guardo segredo. - diz Daniel.
Mary não entende.
- Mary, você me chamou de vampiro. Se tivesse alguém aqui, ia te chamar de maluca. - explica Daniel.
- Engraçadinho. Olha, se você quiser continuar se fazendo de bobo, tudo bem. Mas acabou. Não quero namorar um vampiro. - diz Mary.
Ela sai da piscina, pega uma toalha e seca-se. Daniel sai da piscina e a prensa contra a parede.
- Se você contar pra alguém, que eu sou um vampiro, te juro que você vai se arrepender pelo resto da vida. - avisa Daniel.
Daniel solta Mary. Daniel vai embora.

Daniel esbarra em Bonnie. Bonnie sai correndo. Daniel volta e escuta a conversa de Bonnie e Mary.
- Oi. - diz Mary - O que houve? Parece que viu um fantasma.
- E vi. Quer dizer, quase isso. Vi um morto. E ele esbarrou em mim. - diz Bonnie.
- Quem tu viu? - pergunta Mary.
Daniel aparece.
- Ela me viu. Mary, você vai se arrepender por ter contado. - diz Daniel.
- Merda! - exclama Mary.
- Oh! Puta que pariu! - diz Bonnie.

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