quarta-feira, 21 de maio de 2014

SEDE DE SANGUE-EPISÓDIO 2

Episódio 2 – O Encontro

Escrito por: Rafael Cruz

Sarah acordou de manhã, e como de costume, pegou seu diário na mesa de cabeceira ao lado da cama e começou a escrever:
"Querido diário, hoje eu acordei e parecia um recomeço. Eu não estou mais triste nem chorando por causa da morte dos meus pais. Pelo contrário, estou finalmente feliz por encontrar um possível interesse amoroso e sinto que as coisas podem finalmente mudar pra mim, ou assim espero."
Logo em seu trabalho, ela vai diretamente falar com sua melhor amiga Kat no balcão do bar do Truman's:
- Oi Kat. Como você está? - Sarah não conseguia conter o sorriso no rosto.
- É isso que você quer perguntar? Pois se eu te dissesse o quanto a minha vida é frustrante, você se arrependeria de ter perguntado. Não está afim de falar sobre o grande encontro hoje a noite? É a primeira vez que eu vejo você tendo algum. - Kat respondeu mal humorada como sempre, enquanto limpava o balcão.
- Pois é, eu queria saber se você pode me ajudar a me vestir para o encontro.
- Antes eu gostaria de colocar um pouco de juízo em você. Por que diabos do nada você decidiu dar mole para aquele estranho? Você percebeu que ele entrou e saiu do bar em menos de 2 minutos? É como se tivesse vindo aqui exatamente para te convidar para sair! - Kat suspeitava.
- Qual o problema? Eu posso nunca ter tido encontros, mas sou bonita.
- Nossa, coitada de você. Vocês tiveram um diálogo de um minuto e você aceitou sair com ele mesmo assim, mas... a vida é sua né? Faça o que quiser. - Kat ficou perplexa com a ingenuidade da amiga.
- Olha, eu sei que você não aprova isso. Mas eu realmente preciso de ajuda, eu vou ir pedir uma folga pro Dennis e mais tarde você pede também para que possa ir lá em casa me ajudar, ok?
- Tudo bem, tanto faz.
Mais tarde...
Sarah, depois de uma ajuda de Kat, já estara arrumada para seu encontro e esperava por John do lado de fora do Truman's, que chegava logo em seu carro.
- Pode entrar, vamos dar um passeio.
- Tudo bem.
Naquela mesma noite...
Kat já terminou seu turno e volta para casa, onde mora com sua avó, Margaret.
- Oi querida, você chegou mais cedo por que?
- Eu pedi folga ao Dennis para ajudar a Sarah com uma coisa, e aí voltei pra cá.
- Como foi o trabalho?
- Como sempre, mas eu estou exausta, então vou tomar um banho e dormir. Boa noite vovó.
- Espera, eu quero te dar uma coisa.
- Qual é a ocasião? Você nunca me dá presentes nem no meu aniversário.
- Bom, eu não vou estar aqui pra sempre, então eu gostaria de te dar isto. - Margaret tirou o colar de seu pescoço e estendeu a mão para dá-lo para Kat.
- Você sempre usa este colar, por que está me dando ele justo agora?
- Eu uso ele pois é da nossa família há séculos e sempre vai para a primeira filha mulher, mas como sua mãe não aceitou quando eu ofereci, agora ele é seu.
- Obrigada, eu acho. Mas o que ele tem de tão especial?
- Eu acho que está na hora de você saber, querida. Você é uma bruxa.
Kat ficou sem reação à resposta de sua avó.
- Ah não, nem me venha com essa! O meu primo Dean com aquelas macumbas doidas, minha mãe como uma cartomante fajuta e agora até você?! Eu não sou obrigada! - Kat começou a ficar irritada com tantos absurdos que ouviu de sua avó.
- Você pode não acreditar, mas este colar vai te proteger e te dar força. Eu sei que você é muito cética para abrir sua mente para essas coisas, mas se você não aceitar com um talismã, aceite como um presente de sua avó e pelo menos use-o.
- Tudo bem! - Kat pegou o colar e foi pro quarto irritada.
Enquanto isso, no encontro de Sarah e John...
Os dois chegavam de carro à praça central da cidade que é conhecida por seu romantismo. John saiu do carro e logo depois abriu a porta para que Sarah pudesse sair também.
- Nossa, você resolveu me trazer justamente ao lugar mais romântico da cidade?! Nem um pouco clichê. - Sarah foi sarcástica.
- Desculpa se estou sendo muito óbvio, mas vamos caminhar um pouco para nos conhecermos melhor.
- Tudo bem... Aliás, minha amiga Kat não gostou muito de você. Ela acha estranho que você tenha entrado e saído do Truman's tão rápido, disse que é como se você tivesse vindo para me convidar para sair.
- Acho que agora é inevitável mentir, foi para isso mesmo que eu fui. Eu queria isto há muito tempo, já te vi trabalhando lá antes, mas só ontem tive coragem para te convidar.
- Nossa, eu estou realmente lisonjeada. Mas me fale um pouco de você.
- Não tem muito o que falar. Eu cresci aqui e me mudei para a cidade grande, e há pouco tempo voltei para visitar e matar saudades.
- Você já se casou?
- Já, mas ela faleceu.
- Sinto muito, John.
- Tudo bem, acredito que todos tenhamos perdas na vida.
- Nem me diga...
- O que quer dizer? Você perdeu algum ente querido?
- Sim, meus pais. Faz um ano que aconteceu e eu tento todos os dias não chorar ou ficar triste por causa disso pois sei que não é o que eles queriam pra mim, e estava dando certo até ontem, mas percebi que eu sou assim. Não consigo esconder meus sentimentos.
- Sinto muito, eu sei como é perder alguém, e não tem por que esconder. Nossos sentimentos nos fazem quem somos.
- Nossa, e pensar que ontem eu nem te conhecia. Você fala muito bem.
- [Risos] Venha, vamos passear e parar de falar de nossas mágoas, afinal este deve ser um encontro alegre.
Os dois continuaram caminhando pelo parque.
Enquanto isso, na casa de Kat:
Já estava tarde, Kat já havia tomado banho e estava dormindo. De repente, ouve um barulho estranho em seu quarto e se acorda assustada, e ao ligar a luz do abajur em sua mesa de cabeceira, avista uma mulher nua e carbonizada observando-a.
"Você precisa impedi-los!" - A mulher gritou e correu até Kat.
Continua...

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