quarta-feira, 13 de agosto de 2014

CORTINA DE VIDRO-CAPITULO 19



CORTINA DE VIDRO - Capitulo 19



UMA HISTÓRIA DE GRAÇA


Capitulo VII - Tentação


Getúlio, Elayne e Timóteo chegam em Minas Gerais. Por mais que parecesse impossível, nada mais restava da velha Belo Horizonte; nem um ladrilho, ou ao menos um velho sobrado.
A cidade havia sido sucumbida pelo progresso e pela devastadora modernização:


- Não é possível - exclama Elayne com grande pavor
- Não estamos em Belo Horizonte - afirma Getúlio
- Por pior que seja, essa é Belo Horizonte. Essa é sua atual realidade, querido!
- Seus pais moram por aqui? - pergunta Timóteo
- Não. Eles moram em uma fazenda, distante da cidade.
- Da mais ou menos quantos minutos de caminhada? - pergunta Getúlio
- De 15 a 20 Minutos.


Já não havia mais tempo a perder. De baixo daquele sol escaldante daquela manhã de domingo, la se foram os três pelas ruas e mais ruas que pareciam não se acabar em meio aos passos de cada um.
Após alguns minutos de caminhada, chegam a uma área totalmente preservada da capital mineira. Vales, um delicado tapete de um gramado verdejante que cobria as colinas por entre as estradas de chão, por onde passavam os carroceiros:


- Está do jeitinho que eu me lembrava. Não mudou absolutamente nada! - diz Elayne maravilhada
- É lindo mesmo! - exclama Timóteo


Os três tomam por caminho uma pequena estrada que levava a um portão de madeira. De repente, os pais de Elayne, Teresa e Ulisses se dirigem até o portão:


- Filha, que saudades - diz Teresa emocionada


Elayne corre para os braços de seus pais:


- Venham, iremos leva-los até a nossa casa. La, vocês poderão tomar seus aposentos - diz Ulisses a todos ali presentes


Ao chegarem na fazenda, Ulisses chama seu capataz George para carregar as bagagens:


- Esse é George, qualquer problema que vocês tiverem, basta falar com ele! George é meu braço direito aqui na fazenda - diz Ulisses a apresentar George a Elayne e Getúlio
- Muito prazer - George estende a mão a Elayne para cumprimenta-la.
- O prazer é meu - responde Elayne, apertando a mão que George a havia estendido.
- Acho que já vou entrando. Vamos Elayne? - pergunta Getúlio
- Sim.


Durante uma semana, George parecia ter se encantado por Elayne, que se sentia desconfortável com a constante presença daquele boiadeiro sempre a fitando com um sorriso. Até que George a chama para conversar, e qual não foi o seu espanto quando ele começou a agarra-la:


- Não George, pare por favor!!! - grita Elayne
- Calma, o Getúlio não vai ficar sabendo de nada - responde George
- Eu não vou trair a confiança do meu marido. Me solta!!!
- Ele não merece o seu amor. Pelo pouco que vi em vocês dois, percebi que você vive apenas em prol das decisões dele. Você não queria ter deixado São Paulo. Mas por causa dessa paranoia religiosa do seu marido, você se viu obrigada. E seus sonhos?
- Eu sou uma esposa submissa. Não há um sonho meu que não seja ao lado do Getúlio.
- Esquece o Getúlio! - diz George a tentar roubar um beijo de Elayne
- Me larga!!!! - Elayne sai correndo para dentro de casa.


Mal sabiam os dois, que Getúlio havia visto tudo. Só que para ele, aquilo significou uma das maiores provas de amor que Elayne havia lhe mostrado. Ela se submeteu a resistir a tentação de trair, se mostrando fiel a seu marido. E isso, Getúlio jamais irá esquecer. Desde então ele passou a dedicar mais de seus tempo a sua vida conjugal.


FIM DO CAPITULO 19.

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